
Zarpar, me libertar.
A terra que meus olhos dizem ser firme
não mais me sustenta, me parece instável.
Lembranças e memórias já não me seguram,
e as certezas terrenas não me convencem mais.
Sinto o Mar a me chamar.
O Oceano, que ao se rebaixar
a todos, a todos atrai,
do regato diminuto ao grande rio...
O Oceano, que sob seu ondeado,
guarda os maiores tesouros,
em absurdas profundezas.
O Oceano, a quem vi o Astro-Rei
prestar reverência,em um belo alvorecer.
Não me contento mais com as praias,
nem com a costa,
e tampouco com a superfície.
Quero com meu humilde barco
ser novato marinheiro,
a desvendar os segredos da Imensidão.
Quero viajar em Tuas águas,
e desvendar o Teu mistério,
clareando assim o meu,
pois em verdade sei que são um só.
Quero ver na luz da Realidade
que a vida e a morte
são apenas ondas que vão e vêm,
em inlimitável extensão.
Quero ser fiel marujo,
e aprender a não mais temer
tempestades e dilúvios,
sabendo que tudo é a mesma Água em outra forma.
Quero ver a Vida em longos mergulhos,
onde meu sentir me guiará,
em marés infinitas
que meus olhos não conseguirão vislumbrar.
Quero tocar a Profundidade,
e ancorar-me em firmes torrentes.
Quero ser ensinado pelo Saber a deslumbrar
a Infinidade com a alma.
Quero me banhar e tirar
as falsas crenças de minha visão.
Quero intuir e sentir Teu fluido, o Ser e o Viver.
E um dia, com a experiência de uma vida,
mas ainda como eterno aprendiz,
espero poder dizer a quem quiser ouvir,
sobre a sede que se mata no Mar.
E a quem quiser mais saber,
direi que És Infinito e Indizível.
Que És o Infindável, o Perfeito Oceano.
Só peço, Mar, que me deixes navegar,
navegar e navegar... Foto: 'Waipapa Point' - Jens Waldenmaier PS. Poema 'à moda antiga', mais um da série 'hoje não escreveria'. Via Maltese, julho/08.
a todos, a todos atrai,
do regato diminuto ao grande rio...
O Oceano, que sob seu ondeado,
guarda os maiores tesouros,
em absurdas profundezas.
O Oceano, a quem vi o Astro-Rei
prestar reverência,em um belo alvorecer.
Não me contento mais com as praias,
nem com a costa,
e tampouco com a superfície.
Quero com meu humilde barco
ser novato marinheiro,
a desvendar os segredos da Imensidão.
Quero viajar em Tuas águas,
e desvendar o Teu mistério,
clareando assim o meu,
pois em verdade sei que são um só.
Quero ver na luz da Realidade
que a vida e a morte
são apenas ondas que vão e vêm,
em inlimitável extensão.
Quero ser fiel marujo,
e aprender a não mais temer
tempestades e dilúvios,
sabendo que tudo é a mesma Água em outra forma.
Quero ver a Vida em longos mergulhos,
onde meu sentir me guiará,
em marés infinitas
que meus olhos não conseguirão vislumbrar.
Quero tocar a Profundidade,
e ancorar-me em firmes torrentes.
Quero ser ensinado pelo Saber a deslumbrar
a Infinidade com a alma.
Quero me banhar e tirar
as falsas crenças de minha visão.
Quero intuir e sentir Teu fluido, o Ser e o Viver.
E um dia, com a experiência de uma vida,
mas ainda como eterno aprendiz,
espero poder dizer a quem quiser ouvir,
sobre a sede que se mata no Mar.
E a quem quiser mais saber,
direi que És Infinito e Indizível.
Que És o Infindável, o Perfeito Oceano.
Só peço, Mar, que me deixes navegar,
navegar e navegar... Foto: 'Waipapa Point' - Jens Waldenmaier PS. Poema 'à moda antiga', mais um da série 'hoje não escreveria'. Via Maltese, julho/08.
Um comentário:
Excelente o poema. Esse menino é bom!!!
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