sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Carnaval

A Máscara ou O Ego
Muitos são os que se identificam
com o molde que os cobre.
A máscara imita bem o rosto do carnavalesco.
Um olhar atento, contudo,
mostra as rachaduras da ilusão:
A máscara não é o folião,
nem o folião é a máscara.
Mas quando tudo é festa,
quem se preocupa com isso?
A Carne
Os sentidos entram em êxtase.
Grande festa, intenso júbilo.
Se bebe para esquecer,
e se dança para cair.
O prazer é divinizado, procurado em cada canto,
em cada esquina, em cada fuga.
E em um estranho paradoxo,
também é assim com a dor.
O Baile do Cotidiano
Assim se segue o baile,
com faces postiças e o orgulho profano.
Parece eterna a festa, mas não é.
Nenhum carnaval é para sempre...
Mas parece tolo pensar nisso,
se os vícios são permitidos
e a carne é tão abundante!
E assim vai o carnaval, dia e noite, séculos e séculos...
PS. É engraçado como as opiniões mudam... Eu, hoje, não escreveria esse poema. Poesia do Via Maltese, julho/08.

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